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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Viagem pela Europa – parte 10 (ainda na Bélgica)

 

Olá!

Saímos de Antuérpia e, a uns 60km, estávamos em Ghent. Com as coordenadas do estacionamento gratuito (N 51º02’14,0” E 003º46’01,1”), chegamos fácil. Fica ao lado da rodovia, com trânsito contínuo, mas o cansaço das caminhadas nos permitiu dormir tranquilos…

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Ghent tem 200 mil habitantes, porém o centro histórico é relativamente pequeno. A cidade prosperou  muito nos séc. XIII-XIV com o comércio de tecidos, mas no séc. XVII quando os canais foram fechados, todos faliram. Nos séc. XVIII-XIX a cidade voltou a crescer como centro industrial.

Fomos à Informações Turísticas, escondida no prédio antigo da Lonja do Pescado (1689, com Netuno, Lys e Escalda esculpidos na bela porta) e almoçamos no Pizza Hut, um delicioso macarrão à Carbonara e salada Campagnard, com chopp (€ 25,50). 

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Depois percorremos o trajeto da cidade antiga, começando pela Lonja de la Carne, mercado medieval, todo em pedra, com estrutura do telhado em madeira, onde ainda pode-se comprar alguns produtos locais. Atravessamos o canal e fomos à Praça Sint-Veerleplein, no Castelo de les Condes, com torreões e masmorras.

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Mais uma quadra e chegamos à Korenlei e Graslei os primeiros portos comerciais da Europa (séc. XI),  um dos visuais urbanos mais lindos da Europa (como afirmam os ganteses). Avista-se a ponte e a Igreja S. Miguel.  Atravessada a ponte, visitamos a Igreja S. Nicolas (séc. XIII), em pedra azul calcárea, detalhes lindos e parlatório (1670) em madeira esculpida.  Nas ruas, algumas lojas com belíssimos trabalhos com renda de bilro, deslumbrantes…

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Na Praça Sint Blaasplein, visitamos o Campanário,  com 95m de altura, onde um “dragão” vigia a cidade desde 1380 e a Catedral de S. Bavón, imensa, gótica e fantástica, construída sobre as ruínas de igreja românica. Após algumas vielas estreitas chegamos ao Stadhuis (Hôtel de Ville), com fachadas bem características (gótico flamígero e renascentista italiano).

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Depois caminhamos até a Igreja St. Jacobskerk (S. Tiago), linda mas fechada.  Na praça Vrïjdagmarkt, vários cafés e belos prédios. Atravessamos outro canal e fomos à Casa de Alijn, antigo hospício, serviu como refúgio de mulheres pobres.

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Cansados, compramos ticket para 10 viagens de ônibus (€10 – unitário  é €2) e, deste modo, voltarmos no dia seguinte…  No parking, mais uns 10 mhomes passaram a noite, com chuva…

Novo dia, fomos de ônibus novamente para o centro, agora sem pressa de caminhar, observamos mais os detalhes dos monumentos.

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Aproveitamos para fazer o passeio de barco (40 min. €6,00/u). Com o roteiro impresso em espanhol, acompanhamos o percurso pelos canais, agradável e tranquilo, com vistas que só temos do barco…

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Uma informação relevante para nossos colegas com mhome: o trânsito no centro histórico é impraticável, pois as ruas são estreitas e com mão dupla, os automóveis competem com os ônibus (várias linhas), as bicicletas (incontáveis), os bondes, carruagens de passeio, obras, e claro, pedestres turistas deslumbrados… Estacionem no parking e tomem o ônibus.

Ghent foi uma encantadora surpresa, os edifícios preservados, os monumentos, os canais e visuais apresentados; por vezes parece que caminhamos numa linda maquete ou numa bela pintura.

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À tarde, optamos por seguir viagem, indo por rodovia simples, passando por Eeklo, onde sua bela igreja Saint-Vicent chama a atenção, pelas dimensões e beleza; fizemos breve parada para visitá-la.

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Seguimos e chegamos em Brugge, no camping Memling (N 51º12’26” E 003º15’47”) – www.brugescamping.br, vamos visitá-la, mas fica para a próxima postagem…

Até Breve!

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terça-feira, 22 de abril de 2014

Viagem pela Europa – parte 9 (Bélgica)


Olá!
De Luxemburgo para a Bélgica,  paramos para abastecer num posto Texaco,  (só aceita pagamento com cartão, €1,199/litro, muito barato comparado aos anteriores), ganhamos um café (da loja de conveniência), há local para deságue e água, permitem pernoite, tem duchas e lanches saborosos e baratos (N 49º38’10,7” E 005º58’13,9”).
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Em Aarlon fizemos paradinha rápida para fotografar a bela catedral, mas o vento era “cortante” de tão gelado. Apesar de ser sexta-Santa (feriado) os estacionamentos de rua eram cobrados e alguns comércios estavam abertos…
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Seguimos as coordenadas do camping em Overijse (uns 20km ao sul de Bruxelas), mas ao chegarmos, vimos a placa “Camping Fechado para Turistas”(!).  Lembramos que, perto dali, moram “Los Viajeros del Mundo”, família de Beatrice/Guillaume e quatro filhos, que encontramos na Argentina e depois, nas termas uruguaias, há dois anos.   Lá fomos nós procurar pelo endereço.
Quando Maximilian (o maior dos filhos) viu o Dan, teve explosão de contentamento. Para nossa alegria, o  carrinho que montamos e presenteamos (em madeira, semelhante a quebra-cabeça tridimensional) estava sobre a mesa, cuidadosamente preservado! Ganhamos deles um delicioso creme, para usar em biscoitos e pães, especialidade belga chamado Speculoos.  Após troca de informações, estacionamos no Carrefour próximo, apenas para pernoite.  Também provamos os bombons com nozes e licor comprados na Alemanha (Edle Tropfen in Nuss – Obstliköre), muuuuito deliciosos…
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Pela manhã, estacionamos ao lado do imenso mhome dos “Viajeros”, e fomos de trem com Max e Jade (sua irmã) até Bruxelas. O trem custou apenas €4,60/u (ida e volta!), e o metrô ou tram custam €2,50 (em média) apenas 1 viagem!  Chegamos na Gare Central após uns 40 minutos de viagem tranquila e, para nossa surpresa, o funcionário que confere os ticktes e portas era peruano e veio conversar conosco.
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Bruxelas tem mais de 1 milhão de habitantes, capital da Bélgica e sede da União Européia. A cidade divide-se em duas partes: Cidade Baixa, onde vivem operários e imigrantes, servida por bondes (os trams), ao redor da Grand Place e na Cidade Alta, vive a aristocracia, ao redor do Parc de Bruxelles.  Na região sul da Bélgica fala-se francês e, de Bruxelas para o norte fala-se mais o flamengo (neerlandês) e um pouco de alemão.
Nossa primeira visita, com o “guia” Max, foi a Catedral St-Michel et Gudule, belíssima, com esculturas em madeira e pedra, cujas obras iniciaram no séc. XIII, concluida 300 anos depois.  O órgão conta com 4300 tubos em 63 jogos, 4 teclados e 1 pedal. O novo altar maior, em granito cinza e preto, pesando 3 toneladas, foi abençoado no ano 2000, que encerrou os trabalhos de restauração da catedral.
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Dali fomos à Grand Place, onde lanchamos e fotografamos o Hôtel de Ville (concluído em 1459), os belíssimos edifícios – denominados Guildas – das corporações de ofício (açougueiros, alfaiates, padeiros, etc.)… No ano de 1695 dois dias de bombardeio francês destruíram muito (exceto o Hôtel de Ville). Há museus, restaurantes, cafés, artesanato e muita história para ver nesta praça. É uma das mais belas do mundo.
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Caminhando sempre, fomos no Manneken Pis, estátueta de um menino fazendo xixi, o original era de 1619, foi roubado e substituído em 1817. Chefes de Estado que visitam o país trazem roupas típicas para vesti-lo e, atualmente, possui mais de 900 peças. Neste dia, estava vestido de azul e dourado…
Visitamos duas igrejas: a  Notre-Dame Chapelle  e a Notre-Dame Sablon (séc. XV), com interior semelhante à Catedral (esculturas, parlatórios,..), porém menores.  No Palácio de Justiça surpreendemos com as dimensões e exuberância do prédio.
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Dali fomos ao Palais Royal, residência oficial da monarquia Belga. Nos arredores há parques, mais museus e edifícios suntuosos; também um belo visual da Cidade Baixa.
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Com o auxílio de um gentil cidadão (belga, falando francês e espanhol), tomamos o ônibus para ir ao Parque e Palácio Cinquentenário, inaugurado em 1880 para celebrar  o jubileu da independência belga. Há um Arco do Triunfo (nos moldes do de Paris),  salas de exposições e museus, além do amplo e belo parque.
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Ali, visitamos a Autoworld (museu do automóvel), com mais de 200 veículos expostos. Um Fusca 1950, que fez mais de 20 mil km na Áfric!; alguns raros e antigos exemplares: Renault, Jaguar, Isetta, Skoda, Trabant, Ford, Amphicar,  caminhões de  Bombeiros, hipomóveis,  algumas motos e bicicletas, entre tantos outros…
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Deixamos o Max em Bruxelas e tomamos metrô para irmos à Gare Central e retornar de trem à estação Genval (onde estava o mhome). Seguimos viagem, contornando a tumultuada e imensa Bruxelas, estacionando  num Texaco, na E40, após o anel viário  (anexo Carestel restaurante e hotel). Tomamos banho (grátis) no posto.  Lanchamos e descansamos, pois o dia foi cheio e cansativo…
Estacionados e, sendo Páscoa, oferecemos biscoitos doces aos “vizinhos” poloneses, que estavam viajando em vans de carga.
É necessário citar algumas considerações: os belgas dirigem melhor, mais respeitosos e tranquilos que os demais países que visitamos, são mais educados no trânsito. Basicamente tudo é pago, estacionamentos, uso de sanitários mesmo em restaurantes, postos de serviço ou lanchonetes (~0,50€).  Pixações e sujeira de alguns locais, incluindo os turísticos, se fazem notar.
Rodovias em ótimas condições, passando por vilas encantadoras, como Dendermonde, onde fizemos rápida parada para fotografar igreja e bela praça central.
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Passavam das 13h quando chegamos à Antuérpia, no Camping de Molen (N 51º14’00,6” E 004º23’32,9), nesta época do ano custa €19 (mhome+2 pessoas+luz+internet); deixa-se também €20 de caução pela conexão para energia. Camping quase lotado por ser Páscoa, mas encontramos bom local. Almoçamos e à tarde caminhamos pela beira do canal, jardins e belos visuais. Um imenso transatlântico passou próximo e estacionou no pier central.
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Novo dia e apesar de ser segunda pós-Páscoa (para eles é feriado), fomos passear na cidade.  Caminhamos uns 20 minutos até a estação de metrô, e após alguma dificuldade, conseguimos comprar o ticket válido para 1 dia, usando quantas vezes quiser o metrô, tram ou ônibus, €5,00/pessoa.
A cidade de Antuérpia tem 500 mil habitantes, é principal cidade flamenga (outro idioma!) da Bélgica, centro de comércio internacional de diamantes; sua fama vem desde a Idade Média, quando era pólo de comércio de tecidos e importante porto.
Fizemos nossa primeira parada na Central Staation (gare central) e, para nós brasileiros, é incrível o que se vê: um terminal de trens, em 3 pavimentos, com 6 linhas em cada pavimento; do lado esquerdo e direito ainda há o túnel do metrô… O prédio antigo (preservado e belíssimo, de proporções descomunais), data de 1905, mármores, dourados…; as linhas férreas foram construídas e ampliadas no passar dos anos. Difícil imaginar a engenharia e cálculo estrutural para a construção destas “prateleiras” sobrepostas, com carga dinâmica de milhares de toneladas de trens, circulando 24h…
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Ao lado da gare está o zoológico, museus, Aquatopia. Para decifrar o confuso mapa de trens, trams, metrô e ônibus,.. escrito em flamengo, perguntamos a um senhor que passava (uns 60 anos). Mas ele era holandês, falava apenas o neerlandes e um pouco de alemão; interrompeu seu caminho e gesticulando, nos acompanhou até a entrada do metrô, informando o número que deveríamos tomar naquele labirinto. Aguardamos o metrô e, minutos depois chegou o mesmo cidadão, ofegante, desculpando-se pois havia informado um dos números incorreto. Pessoas assim, acreditamos, são iluminadas, enviadas pelo Supremo…  Por muitas  vezes durante nossas viagens, encontramos estes “anjos”…
Passeamos pelo Meir (praça e comércio), Rubenshuis, residência de Rubens, famos pintor séc. XVII, edifícios comerciais e governamentais, Ópera,… Rebuscados, detalhes impecáveis.
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Mais um metrô e chegamos à Groenplats, próxima de importantes monumentos como a catedral Onze-Lieve (datada de 1352), a Grotomarket, Stahuis (Hôtel de Ville, erguido em 1564), as Guildas (quase todas séc. 17), museus, cafés e restaurantes.
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Visitamos ainda a margem do canal, o Steen (inicialmente residência, depois prisão, depois museu histórico e agora museu da marinha).  Cansados, voltamos para o centro comer um doce (parecido com appflestrudel) com capuccino, na Panos, uma marca local.
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Um pouco mais ambientados com as informações em flamengo,  fomos passear pela cidade de tram, pois os bilhetes valiam para todo o dia.
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Novo dia, sol com algumas nuvens,  optamos por ficar no camping, organizar o mhome, lavar algumas roupas (não há máquina), atualizar o blog. À tarde, mais uma caminhada pela orla, para não perder o hábito... E, atendendo aos muitos pedidos, apresentamos o percurso até agora, lembrando que, no final, publicaremos o mapa detalhado.
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Amanhã voltaremos para a estrada.  Até Breve!!
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